Sós, eternamente
Estamos sós.
Não o negues.
Os amigos chegam,
ruidosos e afáveis,
com risos e migalhas de tempo.
Partilham memórias de infância,
alegrias e angústias presentes.
Ofertam fruta e compotas.
Sentam-se à nossa mesa
para brindar ao amor ou à vida.
A felicidade em fatias.
Chegada a noite, recolhem escombros
e partem.
Sós. Eternamente.
Como nós.
deep, (talvez) Setembro de 2017
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